VIDA COM GRAÇA

sábado, 2 de julho de 2011

NOSSA! COMO É DIFÍCIL VIVER!



Coisa difícil é satisfazer o ser humano. Agora, em se tratando de sobrevivência e de existência as marcas da vida são por demais um reflexo no dia-a-dia. Decisões que antes eram tomadas agora passam pelo crivo da experiência do passado, porque o medo paira ameaçando aquilo que um dia já foi ameaçado ou mesmo vitimizado. Ninguém numa consciência plena quer cometer os mesmos erros do passado, mas o que se vê é justamente o contrário. Então de uma forma invasiva e perturbadora o passado está ali, presente. As sombras do passado passam a ser fantasmas do inconsciente e, logo da vida, onde aquilo que era para ser uma lição para não se repetir, torna-se com efeito contrário: vitimiza e escraviza.
Nossa! Como é difícil viver! Como se não bastasse o passado que um dia foi ruim sendo presente, agora é só lembrança, e algumas vezes, nem lembrança, deparamo-nos com a realidade do presente, que evoca o passado com suas experiências boas e ruins para as decisões do dia-a-dia. Surge então o medo de não errar, mas como não errar? Somos humanos! A violência de querer não-errar é tão forte que acaba trazendo juízos e reflexos nos atos. E aí como fica? O jeito é usar uma máscara existencial. O jeito não é mostrar quem é e sim quem o outro quer. Mas alguém vai dizer: Eu sou autêntico! A pergunta logo vem: será? Será que em algum momento sua máscara é sacada e a superficialidade de agradar o outro não aparece? Com isso volto a repetir: Nossa! Como é difícil viver!
Vamos deixar o presente de lado... O presente é muito difícil porque é cheio de decisões momentâneas e por vezes são jogadas para o amanhã, que será presente num momento. Falar de futuro pode ser bom... Futuro... Lembra sonhos... Como é bom sonhar! É nessa hora dos sonhos que vem a lembrança de que o futuro é um caminho desconhecido de incertezas e inverdades. Porque em grande parte, ou quase sempre numa totalidade, os sonhos são concretizados, mas os obstáculos do presente para galgar os sonhos chegam ser apavorantes. E, ainda tem um agravante: os sonhos nem sempre saem como sonhamos,alguma coisa sai diferente do script mental. Nossa! Como é difícil viver!
O que resta? O que resta de verdade é o presente. Que mesmo marcado pelas sombras do passado e pela ilusão ou subjetividade do futuro, é nele que decidimos e enfrentamos as dores reais. Nele a imaginação só serve para o futuro. No presente os gritos são reais e silenciosos por vezes como o da paixão. No presente o medo é companheiro de luta ou fuga. Pode até paralisar. Não é de se admirar que o maior mestre de todos os tempos nos alertou: “Basta a cada dia seu próprio mal”. É o dia de hoje que se é vivido, porque o ontem já virou lembrança e passado e o amanhã com seus sonhos e medos ainda é incerto. Por isso, é bom cantar a música popular brasileira: É preciso saber viver e com esta ressalva: Nossa! Como é difícil viver!

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