VIDA COM GRAÇA

segunda-feira, 2 de maio de 2016

CONSOLADOR OU ACUSADOR?
Παρκλητος (παρα - καλω) = defensor, advogado, consolador, intercessor, paracleto (Isidro Pereira, S.J.)
                “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.”
João 14:26
Na minha criação religiosa (Batista) fui ensinado que o Espírito Santo vinha falar na nossa mente quando errava. Não sei baseado em que, mas foi assim que aprendi... Então, todas as vezes que fazia alguma coisa, que caracterizava um “erro religioso”, vinha àquela acusação na minha mente do que tinha feito e me gerando uma culpa enorme. Quantas vezes eu ficava bem pra baixo e até chorava sozinho. Lembrava-se do ato cometido e me purgava com pensamentos deprimentes e com aquela sensação de ser o pior ser do Universo.
Vivi grande parte da minha vida com esse ciclo de terror psicológico: gerado pela minha criação e, consequentemente favorecendo o meu Superego. Com isso, em vez de Consolador, achava que o Espírito Santo era o Acusador, e o tornava assim. Mas, com a compreensão da vida, minha análise e do Evangelho, descobri que estava errado em relação ao Espírito: quem me acusava era eu mesmo. Só assim, pude descobrir a verdadeira função que o Espírito de Deus realizava em minha vida:
“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas [...]” Romanos 8:26
Ou seja: quando fiz valer o verdadeiro sentido Dele em minha vida, percebia o consolo e o refrigério por saber que: quem não se contentava em errar era eu mesmo, querendo ser um ser melhor do que era. O Espírito vinha e vem como um Consolador e me dá esperança de saber que: eu sou eu, e não preciso me comparar a ninguém; onde o Pai me aceita tal qual eu sou, não preciso de remendo e nem de maquiagem espiritual pra viver: vivo nu.
Bem... Não sei de onde tiraram essa crendice... Mas, se foi do texto: “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (João 16:8); não leram o contexto, que está muito bem explicado.

O que deixo aqui? A leveza de se permitirem ser consolados por quem de fato o faz, e não condenados. Quem condena? Minha mente, com questões legalistas e diabólicas. Isso mesmo! O diabólico sou eu em querer uma perfeição que não existe em mim. Por outro lado: quem me consola? O Espírito do Senhor. Esse me faz descansar na minha alma e com seu Amor vai me constrangendo e eu vou mudando em resposta a esse Amor. 

Um comentário:

  1. Perfeito! Penso que isso ocorre, se não com todos, ocorre com a maioria dos cristãos.

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